segunda-feira, 23 de abril de 2012

Chevrolet Cruze Sport6

  • Na foto acima, o novo ângulo da família Cruze: traseira arrojada dá personalidade ao hatchback
    Na foto acima, o novo ângulo da família Cruze: traseira arrojada dá personalidade ao hatchback
    A General Motors do Brasil apresentou na última segunda-feira (9) o hatchback Chevrolet Cruze Sport6, configuração dois-volumes do sedã médio global da marca. o modelo está sendo fabricado na unidade de São Caetano do Sul (na Grande São Paulo, de onde também sai o três-volumes) há cerca de 20 dias, e já teve iniciada sua distribuição às concessionárias da marca de todo o país, onde será vendido com duas versões de acabamento e opção de câmbio manual ou automático, sempre de seis marchas. Vale a pena repetir os preços:
    - Cruze Sport6 LT manualR$ 64.900
    Traz, entre outros equipamentos, retrovisores externos com desembaçador, rodas de liga leve de 17 polegadas, direção elétrica, ar digital com filtro de partículas (AQS), rádio/CD com Bluetooth e MP3, interior com revestimento de tecido (incluindo painel), freios com ABS, EBD e PBA (sistemas antitravamento, de distribuição eletrônica de frenagem e força adicional para frenagem de emergência), controles de tração e de estabilidade, quatro airbags (duplo frontal e lateral) e caixa de câmbio manual (M32).
    - Cruze Sport6 LT automáticoR$ 69.900
    Complementa o pacote anterior com revestimento de couro preto e adota o câmbio automático (GF6).
    - Cruze Sport6 LTZ manualR$ 77.400
    Acrescenta retrovisor com rebatimento elétrico, maçanetas cromadas, teto solar elétrico, sistema keyless para portas e partida do motor, sensor de estacionamento e de iluminação, sistema multimídia com tela de 7 polegadas, navegador por GPS e som "premium", seis airbags e câmbio manual.
    - Cruze Sport6 LTZ automáticoR$ 79.400
    O pacote anterior, substituindo a caixa manual pela automática.
    O motor é sempre o Ecotec Flex, de quatro cilindros, de 1,8 litro, 16 válvulas e duplo comando de válvulas continuamente variável, capaz de gerar 140/144 cavalos a 6.300 giros e torque de 17,8/18,9 kgfm a 3.800 rpm, com gasolina/etanol no tanque. 
    Segundo os executivos da GM, com estas especificações e preços, o Cruze hatch deverá emplacar cerca de 1.100 unidades por mês, o que, oficialmente, não o colocaria na briga direta pela liderança do segmento de dois-volumes médios. Com um discreto sorriso no canto da boca, porém, algumas das fontes da marca afirmam que o Cruze sedã tinha metas semelhantes, mas com sete meses de mercado acabou surpreendendo ao entregar até 20% mais de unidades -- atualmente, o sedã é a segunda força de seu segmento, atrás de Toyota Corolla e um pouco à frente do novo Honda Civic.

    Assim, fica fácil desvendar o contentamento esboçado pelos integrantes da Chevrolet: se repetir o desempenho do irmão mais velho, superando um pouco o estabelecido, o Cruze Hatch será facilmente o mais vendido de seu segmento -- algo jamais conseguido pelo antecessor, o Vectra GT.
    CARO, NÃO?
    Um empecilho para o sucesso, dependendo do ponto de observação escolhido, pode ser o preço do Cruze Sport6, que não vai para a garagem de ninguém (ao menos no período de lançamento) por menos de R$ 65 mil -- bem distante, portanto, da faixa "psicológica" do segmento, que costuma ser acima de R$ 50 mil e abaixo de R$ 60 mil.

    Oficialmente, a marca usa a justificativa do alto nível de eletrônica e segurança embarcadas (ao menos quatro airbags, controles de tração e estabilidade, entre outros itens) e da sensação de luxo encontrada a bordo -- o revestimento interno é sempre citado, embora seja fácil perceber que requinte em tecido recobrindo o painel existe de verdade apenas em modelos extremamente exclusivos, como o Range Rover Evoque, que parte de mais de R$ 160 mil, aproximadamente três vezes o valor de um Cruze.
    A estratégia de posicionamento do Cruze ficará clara somente daqui alguns meses, quando a renovação de linha da Chevrolet no Brasil estiver completa. Como havíamos ressaltado, a família Cruze (hatch e sedã) não conta com aquela que seria a versão básica, LS. Essa vaga, que no momento deixa alguns compradores tradicionais da marca sem escolha, será ocupada mais tarde pela acomodação do sedã Cobalt (que em breve receberá a versão automática com motor 1.8) e das versões mais caras do futuro Sonic (também com hatch e sedã).
    Para quem está ligado no desenvolvimento global do Cruze, único modelo da marca vendido em todos os principais mercados do mundo, e se pergunta sobre a chegada da perua recém-lançada na Europa (com novo visual), um pequeno balde de água fria: a marca descarta qualquer plano imediato de contar com a configuração station wagon no país. O face-lift, claro, ficará para um momento oportuno.

    Mas tudo tem dois lados: a GM sabe que precisa de uma opção familiar -- espaço para bagagem sem onerar a cabine de passageiros e uso múltiplo -- e vai escalar um SUV urbano (compacto, com tração 4x2 predominante) para a função. Este SUV já é conhecido do leitor de UOL Carros: ele será derivado dos revelados Buick Encore (Salão de Detroit) e Opel Mokka (Genebra) e, segundo alguns jornalistas especializados em segredos, deverá ser chamado de Chevrolet Enjoy. Com isso, a trilha a ser percorrida pela Chevrolet fica mais clara.
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